terça-feira, 10 de agosto de 2010

O Terceiro ano

Eis que este é o terceiro ano.

Como escrevi à muito tempo atrás, de três em três anos eu vou embora da vida de muitas pessoas. Este ciclo que sempre se repete acaba sendo uma espécie de maldição com a qual tive que conviver por muito tempo. Lembro particularmente da dor que foi na última vez que teve efeito visto que ela caiu também sobre meus pais e meu irmão. Em outras palavras, tive que deixá-los. Tive que deixar para trás também amigos do tipo que procurei a vida toda. Amigos iguais a mim em muitos aspectos. Para alguém que carrega o preço de ser diferente, achar alguém igual é um momento tão raro que seu valor poderia superar ao do diamante mais belo.

Entretanto, algo estranho aconteceu. Ao invés de iniciar-se um novo ciclo, sinto que vivi um certo vazio nestes últimos três anos. Algo diferente acontecia. No final, tive que lutar três anos para conseguir meu espaço. Para construir meu novo castelo.

Depois de três anos vejo um castelinho. Pequeno. Simples. Mas com uma base forte. E vejo muitas pessoas queridas nele. Vejo também que ele cresceu em mais direções. Hoje, após o meu treino, eu pensei nisso. Pensei nas coisas que finalmente estão chegando em níveis fodásticos. Coisa que jamais havia acontecido pelo simples fato de eu ter medo de continuá-las.

Talvez a diferença neste último ciclo está simplesmente na minha decisão de seguir em frente. De construir e construir escolhendo melhor os tijolos que usarei no meu castelo para que não volte atrás. Já não penso mais se este é o caminho certo ou não. Quero simplesmente seguir e quero deixar meu castelo ainda mais forte com as pessoas, títulos e a confiança que conquistei.