Adeus minha terrinha...

Um pouco cansado, das milhões de voltas que dei vendo e revendo pessoas, um pouco triste, pois já chega a hora de dizer "Tchau" mais uma vez.

Esta minha última viagem teve um sabor a mais. Me marcou muito mais do que nas outras vezes. Desta vez, eu voltei tendo em mente que eu queria me resgatar. Eu vim buscando fragmentos de mim mesmo que eu havia deixado com meus amigos e familiares.

Engraçado... essa história sobre fragmentos mesmo... foi uma conversa que eu tive com uma grande amiga. Uma amiga de uma amizade não-parasita. Uma amizade que simplesmente nasceu e que simplesmente existe. Sem a necessidade de declarações de amizade e sem a necessidade de um contato diário. O tipo de amizade que mais prezo, aquela que simplesmente acontece.

Esta minha amiga me deu um pedacinho dela. Um fragmento. E nesse fragmento, simbólico, eu encontrei muito de mim. E esse pedacinho fez com que eu percebesse de verdade que eu estava me reencontrado em cada amigo que revia. Todas, amizades que simplesmente aconteceram.

Assim, de pedacinho em pedacinho, eu me redescobri. Consegui fortalecer um pouco mais a base do meu castelo. E lembrei de muitas das coisas que sempre gostei, mas que tinha esquecido do sabor de vivê-las.

RPG, som na viola, amigos da física, amigos do EDA/REMAR... se eu soubesse descrever exatamente porque as pessoas daqui me fazem tão bem, eu poderia tentar buscar isso em Sampa.

O sono agora bate forte.. o tico e o teco nem processam direito. A ponta de tristeza foi vencida pela ponta de cansaço. Amanhã arrumo minhas malas. Pego a estrada. Deixando minha terrinha mais uma vez pra trás.

Fighting against myself...

Novamente eu entro numa batalha de mim contra mim mesmo. Insisto em bater na tecla de conhecer gente nova. Novos mundos, novas cabeças, novas experiências. Tudo isso na tentativa de preencher um possível vazio cuja existência nem eu tenho certeza. Uma luta que utiliza o discurso de abrir a mente para novos horizontes, novas vidas quando na verdade tudo isso não passa de uma máscara pra saciar meu lado animal.

E até que ponto eu quero alimentar esse animal dentro de mim? Eu não sei o quanto disso é carência. Não sei o quanto disso é desejo. Não sei o quanto disso é insegurança. Sei lá.

"Tu és eternamente responsável por aqueles que cativas." Pois eu sou um irresponsável então. Deixo de falar com amigos em busca de carne pra saciar meu corpo. Ou talvez minha mente. Ou talvez o coração.

Ás vezes eu queria poder me fechar. E voltar a cultivar todas as amizades que acabei deixando murchar. Devagarinho. E conhecer mais e mais as pessoas. E deixar com que elas me conheçam. Eu falo em fortalecer laços, mas eu mesmo não consigo torná-los mais firmes. Fico apenas me preocupando em me atar com o máximo de pessoas o possível na esperança de encontrar um mais forte e que eu possa me segurar de olhos fechados.

Por quanto tempo será que eu consigo me manter fechado? Sem forçar mais a entrada de ninguém na minha vida? Espero acordar amanhã com essa pergunta na cabeça...

Levando o monociclo pra passear... #2

Enfim Floripa. Minha primeira segunda-feira na terrinha. Ainda cansado da viagem decidi que não ficaria torrando todo o meu tempo simplesmente na frente do computador. Baseado nessa minha meta e também na meta de aprender a andar de monociclo, hoje levei o BigFoot pra passear novamente.

Pra quem não lembra/saiba, BigFoot é o nome do meu monociclo. Comprado em meiados de maio, não tive muito tempo e nem muitas oportunidades pra dedicar-me a ele. Do lado da casa da minha mãe, aqui em Floripa, tem um parque bem grande onde eu posso treinar sem estresse.

Ok. Fui. Primeiro que o pneu do BigFoot tava vazio. Fui no posto e a galera já começou a puxar papo. "Sabe andar nisso ae?" "É difícil?" E toda vez que eu quero que parem de me torrar eu ofereço "Quer tentar?". Ninguém aceita. Quem hoje em dia se submete a pagar um mico desses na rua?

EU!

\o

Chegando no parque, minha primeira dificuldade, neste parque não havia nenhum ponto decente em que eu tivesse a pista de corrida disponível pra eu andar e um ponto de apoio ao mesmo tempo. Como resultado, tive que tentar subir no monociclo sem apoio.

Depois de muito tempo beirando o fracasso, as pessoas que estavam perto esperando que eu finalmente conseguisse subir no maledete começaram a desistir e dispersar. Não sei se isso influenciou de alguma forma, mas depois de uns vinte minutos tentando eu consegui subir! SIM! E não apenas isso, mas conseguindo montar no meu monociclo eu andei mais de cinquenta metros logo na primeira vez! Foi demais!!

Claro que depois de um tempo eu caí e pra subir de novo foi uma guerra. O que eu mais gosto quando eu faço coisas desse tipo, I mean, quando eu me exponho ao ridículo dessa forma, é que as pessoas ficam curiosas e tem vontade de fazer algo parecido. Obviamente as reações são diversas, muitos empinam o nariz e passam com ar de desprezo, outros olham e sorriem quando cruzam olhares comigo. Mas as mais divertidas são as crianças. Elas olham pasmas com a boca aberta e muitas comentam com os pais "Que legal!" "Eu quero um daqueles!" e coisas do tipo.

O ápice do dia foi quando eu bati meu recorde. Eu consegui andar mais de cento e oitenta metros montado no BigFoot. SIM! E o mais divertido foi ouvir um bando de menininhas comemorando: "ELE CONSEGUI!!", "QUE LEGAL!!", "AEEEE!!"

Demais... amanhã provavelmente eu volto lá pra tentar mais um pouco... mas ow..
Cansa... e muito. Hehe

De qualquer forma, tá sendo extremamente divertido e eu to com um dos meus sonhos próximo de ser alcançado. =D

Esperando na rodoviária...

Depois de cinco horas de viagem de Bagé, no Rio Grande do Sul, até Porto Alegre, capital do mesmo estado (para os que faltaram aula de geografia no segundo-grau), finalmente crio coragem de postar mais uma vez aqui.

Por que coragem? Porque é MUITA coisa pra falar.

Tá... focando apenas nos últimos acontecimentos... essa semana eu fui pra Bagé. Uma cidade no interior do RS, perto da divisa com o Uruguai. Frio... verde... céu parcialmente nublado... clima seco... cheio de lenha queimada no ar...

É certo que eu curto frio mas PQP!!! O frio nos últimos dias foi tanto que eu não fiz absolutamente nada na cidade. Eu saí apenas uma noite com uns amigos que conheci quando a visitei no começo do ano.

Do lado do hotel onde eu fiquei tem uma pizzaria. E ela fazia entrega no hotel.
=D~

Não preciso dizer que passei a semana jantando pizza né? E pizza boa, cara!!

Resultado: não posso mais ver pizza na minha frente! Huahuahua

Na última noite eu fui obrigado a comer pastel. E cara... GI-GAN-TSI!!

Bom.. chega de postar hoje.. to com preguiça.. cansado... louco por uma cama...
To esperando um amigo aqui em Porto. Não tava na pilha de fazer um diretão pra Floripa, então vo passar a noite por aqui. =D

Porque coisas pequenas me deixam extremamente feliz...

Yo! Long time no see uh? =P

Neste último domingo eu fui ao bairro da Liberdade com uma amiga que não via à mais de um ano. Na verdade ela deixou alguns scraps no Orkut me avisando que eu iria e eu esqueci de confirmar. O dia já começou emocionante por aí, já que eu fui encontrá-la sem ter rolado uma confirmação. No final das contas, ela sabia que eu avisaria caso não fosse e tinha certeza que eu apareceria. =)

Ok. Demos uma volta pela feirinha, comemos muita coisas gordurosas como Harumaki (bolinho primavera), Tempura (massa frita com legumes e camarão) e bolinho de camarão frito. Tudo frito. Loucamente. Huahua

Logo após a comilança, rolou o ápice do nosso encontro. Passeando pelas barraquinhas, paramos em frente a uma que tinha vários quadros com kanjis. Começamos a discutir os significados de cada um deles e ler e etc quando o tiozinho da barraca veio explicar o significado de um que a gente não sabia. Quando eu menos percebi, estávamos falando um português-japonês. Ele explicando as coisas em japonês e com gestos e eu entendendo!!! SIM!!! E RESPONDENDO EM JAPONÊS!! SIIIIIM!!!

Pode parecer coisa boba pra muitos, mas quem me conhece sabe que isso é MUITO pra mim!! Foi o suficiente pra deixar meu domingo extremamente alegre! Tive aquela sensação de não caber em mim mesmo. Animal.

Adoro isso... me sentir extremamente bem com coisas pequenas...
=D~

Canta uma canção bonita...

Sabe aquela música que cresce e te faz crescer junto? Que dá a sensação que tu não cabe dentro de ti mesmo e te faz cantar cada vez mais alto? Que arrepia a cada nota mais aguda? Então... eu estou postando aqui uma das músicas que faz isso comigo. O nome dela é Intuição e é cantada por Oswaldo Montenegro (não sei se foi ele mesmo que a compôs também).



... e bate o pé no chão!!!
\o/

Roda de samba num bar de jazz?

Como assim?

É veinho... foi minha "baladinha" de ontem a noite. Foi divertido até.

Aparentemente não tivemos motivo pra ir mas foi o final do encontro do
grupo de software que teve duração de dois dias na USP e terminou
comigo numa correria desgraçada pra escrever o resumo de um artigo.

Dá nada. Adoro adrenalina. No final das contas entreguei um resuminho
legal até. Agora é esperar que seja aceito.

Mas continuando o papo sobre a ida ao bar de jazz. Sai do treino,
por mais light que tenha sido, eu tava um caco. Dor nas costas,
braços, padrão. Mal cheguei em casa e o pessoal me ligou: "E ae? Vamos?"

¬¬

Lá fui eu correndo tomar um banho pra gente zarpar pro bar. Não lembro o
nome, não lembro onde, não lembro nada. Tava cansado demais pra processar
informações muito complexas. O lugar era bem aconchegante. Um piano de
cauda animal demais! De fundo? SAMBA!

What? É veinho... samba... não tava rolando jazz. Todo mundo pediu alguma
coisa pra tomar. Eu pedi um suco de uva que acabou em um gole, literalmente.
Quando o pessoal pensou em brindar, meu suco já tinha acabado. Uh ogro!

Pedi uma cerva e quem me conhece sabe que cerveja me deixa mais sonolento ainda.
Pra quê? B1 Zombie Mode ON. Total! Eu não conseguia processar metade dos papos.
Ainda mais todos em inglês. Ainda mais com samba de fundo.

Tudo bem. As cantoras entraram. Uma cantava bem pra caralho. A outra mais ou menos.
A outra não. Nesta ordem, era a que estava mais longe, a do meio e a que estava mais perto.
A ordem também indicava o íncide de álcool nas veias das mulheres, sendo que este índice
era diretamente inversamente proporcional à distância entre elas e a nossa mesa.

Pros que não entenderam, simples. A que estava mais perto tava bêbada e cantava mal
pra caraio! huahuahuaha

Sem falar que ela se impolgava. Uma hora ela foi pro meio do palco e começou a cantar sozinha.
E balançava. E rebolava. E ria. E sorria. E levantava os braços. Mas a voz... tá tá.
To exagerando. Mas em nenhum momento a voz das outras duas chegou a ferir meus tímpanos e eu não posso dizer o mesmo desta criatura.

No final, todos da mesa tinham uma quantia a ser consumida ainda. Todo pediu coca-cola e acabei levando três latinhas pra casa. Amarradão.

No fim da noite, acabei hospedando a sobrinha do meu orientador aqui em casa. Australiana e muito gente boa, ela tá fazendo uma viagem de mochilão pela América do Sul e vai para os Estados Unidos por terra. Animal!!

Bom.. chega né? O resultado é que hoje eu estou num estado lastimável. Caindo de sono e escrevendo este post todo largado na cama. =P