domingo, 8 de maio de 2011

Mentiroso, espertinho ou simplesmente humano?


Um dos maiores discursos quando duas pessoas discutem uma relação que ainda nem mesmo existe é a tal da sinceridade. Quase todas exigem uma sinceridade incodicional e mesmo sem haver compromisso algum entre elas, a promessa de que uma deverá ser para sempre sincera já é considerada existente.

As pessoas normais não são sinceras a todo o tempo. Tu também não é sincero a todo o tempo. E nem deves ser.

Existem coisas que dispensam a sinceridade. Do que adianta ser sincero quando um amigo ou amiga vem perguntar super feliz perguntar a tua opinião sobre uma roupa que acabara de comprar e esta roupa não te agradou nem um pouco? Será que vale mesmo a pena jogar um balde de água fria sobre a pessoa dizendo um sincero "não gostei"?

Ao mesmo tempo, qual o problema em usar mentira para conseguir algo? Por que não é certo? Então devemos ser sinceros e falar para o nosso concorrente o quão mal vão nossos negócios na nossa empresa? Ou devemos ser sinceros ao revelar estratégias dentro de uma empresa?

O próprio livro "A Arte da Guerra" de Sun Tzu fala "se teu oponente é mais forte e mais numeroso, tente enganá-lo e confundí-lo".

Sendo sincero, este discurso de "sinceridade" que a grande maioria das pessoas têm na ponta da língua quando estão numa conversa de mesa de bar é pura defesa. É um modo de tu dizer "eu tenho
medo de cair na mentira dos outros". Mentiras existem no dia a dia e temos que estar ciente que podemos ser enganados a qualquer momento. E, bom, acontece.

Não podemos armar um cerco de juras de sinceridade à todas as pessoas em nosso círculo social e passar a acreditar que tudo o que elas dizem será sempre verdade. Mesmo os amigos. Imagina no caso citado acima se é tu quem está pedindo opinião sobre algo que acabou de comprar. Imagina a tua frustração ao ouvir um "achei péssimo isto que compraste".

Também não quero fazer apologia à mentira e dizer que todos deveriam sair mentindo loucamente. Mais uma vez chegamos na questão do equilíbrio e, principalmente, do bom senso do uso da mentira e da verdade. Diga a verdade quando for conveniente. Diga a mentira quando for conveniente. Quando nenhuma das duas forem convenientes, não diga nada.